8.3.04

LOS HERMANOS

Fui ao show deles, sábado, no Palace. (Não tem jeito, nunca vou chamar aquela birosca de Directv Music Hall.) A apresentação foi legal. Teve até abertura de uma banda, banda mesmo, tocando marchinhas de carnaval para animar a galera.

Antes, eu e a Mi fomos para um "esquenta tamborins" na casa da Gica e do Rogerião. Iríamos de turminha, já que ainda teríamos a presença da Mabi (Maria Beatriz, amiga do Rogério) e reishpectivo namorado carioca-farroupilha.

A gente acabou saindo em cima da hora e, como a pista estava lotada, ficamos meio longe, logo na entrada. Só que o mais legal NÃO estava no palco. Um senhor de uns 55~60 anos, que chegou de mansinho e ficou do nosso lado quase que o show inteiro. Na verdade, ao lado da irmã da Mabi, que encontrou a gente lá dentro. De vez em quando, ele até dava uns güento na irmã da Mabi. Mas tudo no maior respeito.

Solos, gritos, aplausos, bis, mais aplausos, as luzes se acendem. E não é que o velhote era o Suplicy. Sim, ele mesmo: o senador, o ex-marido, o pai do Supla, o mito, o último homem de caráter em Brasília, o último homem de blazer em um show de rock.

Boiadas são sempre bem-vindas. Quando um senador da república sugere que a turma vá visitar o camarim, enfie os dois pés na jaca. No caminho, o jovem Eduardo cumprimentou, como se fossem da banda, 2 caras do staff, só por também usarem barba comprida. Me segurei para não fazer nenhum comentário. Afinal, sem ele, não estaríamos ali.

Falamos com os Hermanos, todos supergenteboa, mas não tinha nada de rango ou goró pra quem invadisse o camarim. Quando estava começando a lotar, eu dei o toque pro Suplão pra gente se pirulitar.

Os 3 casais ainda iríamos para uma festa na casa de um amigo nosso, ex-colega de firrrma da Michelle e da Gica. Detalhe: a aniversariante é gay e metade dos convidados também. Cordial e politicamente correto, como sempre, o senador recusou o convite (sem saber do detalhe).

Chegando lá fora, estava uma chuvinha. Cordial e politicamente correto, como sempre, ele perguntou se estávamos "de automóvel", pois ele teria o prazer de nos dar uma carona para que não pegássemos um resfriado. Cordial e politicamente correto, como nunca, recusei o convite.

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