24.9.03

DOR DE ESTÔMAGO

Será que só eu penso antes de escrever?
Será que só eu gosto de conversar com meu avô?
Será que só eu tiro catota do nariz e dou peteleco?
Será que só eu não tenho vontade de trair?
Será que só eu fui preconceituoso com os Los Hermanos?
Será que só eu penso que só eu faço as coisas?

19.9.03

REUNIÃO DE CONDOMÍNIO

Presentes: 18 condôminos
Média de idade: uns 120 anos
Nível de ruído: 200 decibéis
1º item da pauta: eleição de síndico.
Meu voto: "Me abstenho". 17 caras de interrogação viraram pra trás. Pô, eram 2 candidatos que nem apresentaram suas propostas. Fiquei na minha.
Outros itens: regras para utilização do salão de festas, reforma do elevador, aumento do valor da mensalidade, dedo no olho, gritaria, preconceito, 8 cigarros acessos ao mesmo tempo, 3 horas de reunião.
Achei divertido, mas acho que foi minha primeira e última.

18.9.03

BANANA

Eu não tenho vergonha de assumir que "eu gosto de uma banana", no sentido gastronômico, claro. E quem me fez tomar gosto pela dita cuja foi... meu avô. Além manter vivas outras tradições familiares, como sua coleção secreta de revistas de mulher pelada, meu avô me ensinou a comer banana em três partes (é sensacional!).

Bom, a gota d'água para este post foi o lançamento do CD "Bananas" do Deep Purple, uma banda que eu só recomendo para quem é bananão mesmo: aqueles roqueiros congelados no tempo, cabeludos e carecas ao mesmo tempo, que usam óculos Ray-Ban do Chip's, tênis All Star e calça jeans apertada e desbotada.

Porém a referência bananal mais importante da minha vida talvez seja o filme "Banana Joe", com Bud Spencer (sem Terence Hill). Bud Spencer era aquele troglodita barbudo que sempre tirava das encrencas o mocinho loiro e atrapalhado (Terence Hill). Como os Trapalhões, eles se separaram e sozinhos não alcançaram um zilésimo do sucesso mundial que tinham como dupla nos famosos filmes de bang-bang à italiana.

As melhores cenas de Bud Spencer eram invariavelmente as de luta. Seu melhor golpe: o soco de mão fachada, como um martelo, na cabeça dos bandidos baixinhos. Em "Banana Joe", ele aplicava tal golpe com as duas mãos juntas, segurando bananas (!?). Porém o melhor do filme é o ditado que ele não pára de repetir: "Uma banana por dia, alimentação sadia". O argumento da película é uma piada: Joe é um piloto de avião que cai em uma ilha isolada do mundo e cujo povoado subsiste à base de banana. Depois de virar ídolo local, se não me falha a memória (que ironia), Joe inventa uma fórmula para fazer o avião funcionar com banana como combustível.

Pizza de banana, banana amassada com canela, vitamina de banana, banana menina, Carmem Miranda e capas de discos do Velvet Underground são motivos para outro post.