22.4.03

BOICOTE CULTURAL

Venho tentando, há algumas semanas, não prestigiar a indústria cultural dos EUA. O motivo eu esclareço num próximo blog. Tem sido uma dura empreitada. Na prática, estou evitando tudo que vai no piloto automático. Por exemplo: séries da TV a cabo. Comecei a acompanhar a segunda temporada de 24 horas, mas apesar de ser inovadora no formato, conceitualmente ela é representante da pior escória do nacionalismo "anti-terrorista" norte-americano. Em sitcoms, tipo Friends, o que pode ser pior para a diversidade cultural do que o humor baseado no preconceito contra Saddams, Ossamas (ler com sotaque de americano burro) e todo e qualquer tipo de muçulmano.

10.4.03

EU SOU UM PONTA-DIREITA NO CORPO DE UM REDATOR

É pura elucubração. Quando não há nenhum problema de instância urgente ocupando meu raciocínio abstrato, eu faço caminhos habituais (tipo da minha baia ao banheiro do trampo) como se estivesse conduzindo a bola rumo à meta.

No caminho citado há um longo corredor. Eu não contenho minha explosão física e disparo como um Cafu ou Roberto Carlos até a linha de fundo. A seqüência da jogada, que empolga milhões de espectadores imaginários, é a mistura de cruzamento e break (bréque, no bom futebolês) na virada do corredor. Outro dia eu dei um elástico na entrada do banheiro. Acho que ninguém viu.

Isso já é uma história antiga na minha vida. Primeiro tenho que confessar que eu jogava bola em casa. Sozinho. Sim, sou criança de prédio. Pegava uma bola de meia (pra não apanhar da minha mãe se quebrasse alguma coisa) e driblava cadeiras, dava peixinhos no sofá da sala, escorregava pela cozinha. Era simplesmente um tesão disparar pelo corredor e acertar 10 entre 10 tentativas de cruzar a bola pela porta do quarto. Com a canhota.

Eu me divertia no meu mundo imaginário.

9.4.03

SINTA-SE EM CASA

Agora posso dizer isso de boca e coração bem abertos.
Acabamos de fechar negócio em um apezinho em Pinheiros.
"Na verdade", esta empreitada teve um mecenas, Sr. Claudio Niwcles.
Além de realizar o sonho da casa própria, meu pai revelou-se um exímio negociador.
Tenho motivos pra ser-lhe eternamente grato, apesar de não precisar de motivos para isso.
Peço desculpas antecipadas pela falta de tempo a que eu e Michelle seremos submetidos nas próximas semanas.
Quem já reformou, sabe do que estou falando.
Estou trifeliz. :-D

4.4.03

[PONTUAÇÕES]

Já faz a maior cara que eu queria expressar meus sentimentos sobre textos repletos de exclamações. Mas me senti aliviado quando li isso aqui em um blog:

"ponto final é mais sincero q reticências pq as reticências têm muitas faces...
quando eu uso reticências eu posso estar expressando alegria, sarcasmo, cinismo, tristeza, vazio... liberdade, emoção, apatia,e até mesmo idéias contrárias à frase q a antecede.
ponto final não. ele expressa apenas o q a frase queria expressar... é preto e branco. nada mais sincero q preto e branco.
ah, e é dolorido sim.
exclamação além de ser cínico, me enjoa...
aqueles textos repletos de exclamações para todos os lados me dão falta de ar... parece q a pessoa esta gritando comigo. (e como sou eu quem esta lendo a manifestação exagerada dela, parece q eu estou gritando comigo... e até perco o fôlego mental.)"

A parte sobre o ponto final parece meio babaca, uma simples introdução. Mas é uma definição poética, mais importante do que o clichê de achar idiota textos cheios de pontos de exclamação. Sincero e doloroso (não dolorido), me senti um ponto final.