ADIANDO CASAMENTO e FILHOS
Namorando a 5 anos, eu e minha Preta já comparecemos a inúmeros casamentos. O nosso, por enquanto, ainda é uma incógnita. Eu até queria casar este ano (traje preto do Batman). Mas dona Michelle achou que ficaria muito corrido, então ficou para o ano que vem. Até lá, vamos fazendo pesquisa de mercado. A Mi fica de olho nos espaços, decoração, capacidade, vestidos e o buffet. Eu, nas bebidas.
Aquele era o nosso 24º casamento. Eu não conhecia muita gente além da noiva, filha de um amigo do meu pai, e alguns outros amigos dele. A cerimônia religiosa só teve maus momentos. O padre leu um texto dizendo que a mulher ideal deve ser um ornamento da casa (ipsis literis): bela, calada e de alegria contagiante. O daminho de honra chorou a cerimônia inteira e não entregou as alianças.
A salvação astral da festa aconteceu quando uma moleca de 6 anos, lindinha, cabelos e idéias encaracolados, encostou na nossa mesa e se apresentou. Apaixonei na hora. Como bons animadores infantis, eu e a Michelle fomos pegando a confiança dela, conversando sobre a escolinha, os amigos etc. Ela gostava de Karnak (!), da Pitty (ok, é rock) e da Ivete Sangalo (bom, ela só tem 6 anos). Depois de quase dez minutos de bate-papo, ela foi resgatada pela mãe, à revelia. Ela pedia, já ao longe, pra mandar um e-mail, soletrando seu endereço.
Eu já estava um pouco assustado com a precocidade tecnológica na vida das crianças de hoje. Cinco minutos depois, ela chega correndo: "Oi, você está no Orkut? Me adiciona!". E precisava perguntar?
Um comentário:
Muito bonitinha a história. Agora vc podia atualizar a parada, ô da pôtrona.
Postar um comentário