18.9.03

BANANA

Eu não tenho vergonha de assumir que "eu gosto de uma banana", no sentido gastronômico, claro. E quem me fez tomar gosto pela dita cuja foi... meu avô. Além manter vivas outras tradições familiares, como sua coleção secreta de revistas de mulher pelada, meu avô me ensinou a comer banana em três partes (é sensacional!).

Bom, a gota d'água para este post foi o lançamento do CD "Bananas" do Deep Purple, uma banda que eu só recomendo para quem é bananão mesmo: aqueles roqueiros congelados no tempo, cabeludos e carecas ao mesmo tempo, que usam óculos Ray-Ban do Chip's, tênis All Star e calça jeans apertada e desbotada.

Porém a referência bananal mais importante da minha vida talvez seja o filme "Banana Joe", com Bud Spencer (sem Terence Hill). Bud Spencer era aquele troglodita barbudo que sempre tirava das encrencas o mocinho loiro e atrapalhado (Terence Hill). Como os Trapalhões, eles se separaram e sozinhos não alcançaram um zilésimo do sucesso mundial que tinham como dupla nos famosos filmes de bang-bang à italiana.

As melhores cenas de Bud Spencer eram invariavelmente as de luta. Seu melhor golpe: o soco de mão fachada, como um martelo, na cabeça dos bandidos baixinhos. Em "Banana Joe", ele aplicava tal golpe com as duas mãos juntas, segurando bananas (!?). Porém o melhor do filme é o ditado que ele não pára de repetir: "Uma banana por dia, alimentação sadia". O argumento da película é uma piada: Joe é um piloto de avião que cai em uma ilha isolada do mundo e cujo povoado subsiste à base de banana. Depois de virar ídolo local, se não me falha a memória (que ironia), Joe inventa uma fórmula para fazer o avião funcionar com banana como combustível.

Pizza de banana, banana amassada com canela, vitamina de banana, banana menina, Carmem Miranda e capas de discos do Velvet Underground são motivos para outro post.

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